A conselheira Daniela Madeira, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), defendeu o compartilhamento de inovações no âmbito do Poder Judiciário. “Isso é importante para que a gente tenha uma visão global e melhore cada vez mais a prestação da justiça”, afirmou a conselheira, que palestrou na abertura do “Workshop Tecnologia e Inovação: Perspectivas para a Justiça Brasileira”, promovido pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), realizado em parceria com o Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre), na noite desta quinta-feira (1º).
Daniela reforçou a importância de os tribunais terem uma mudança de cultura. “Hoje cada tribunal desenvolve o seu projeto, a sua tecnologia, e precisamos mudar a chave do compartilhamento. Devemos pensar que os tribunais estão juntos dentro de uma corrida que, ao final, beneficiará todos os jurisdicionados”.
A conselheira afirmou que o CNJ está elaborando um plano nacional que analisará o nível de maturidade de inovação nos tribunais. Ela destacou ainda a contribuição do Renovajud, plataforma que congrega projetos no âmbito da inovação.
Atualmente, a ferramenta tem 94 tribunais participantes e mais de 700 inovações cadastradas. “Um dos desafios é aumentar a adesão ao uso do Renovajud. A ferramenta é importante porque possibilita que os tribunais conheçam o trabalho de outras cortes”.
PDPJ
Os juízes Alexandre Libonati e Rafael Leite, auxiliares da Presidência do CNJ, e o juiz José Faustino Macedo, do TJ de Pernambuco, também palestraram no workshop e destacaram os benefícios da Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ). A ferramenta, de iniciativa do CNJ, busca criar uma cultura de desenvolvimento colaborativo entre as cortes.
“Sem a plataforma, voltaremos a ter soluções caseiras úteis apenas ao Tribunal que as desenvolveu, gerando retrabalho e dispêndio de recursos”, explicou Libonati.
O juiz José Faustino reforçou que a lógica do PDPJ é a lógica do jogo colaborativo. “A cada momento vai chegar um tribunal e encaixar uma peça, que poderá ser utilizada por todos. O importante é mudar a cultura dos Tribunais na perspectiva de que precisamos, efetivamente, empregar a colaboração”.
Para o magistrado Rafael Leite, a PDPJ é o futuro do Judiciário e traz mais poder e autonomia aos tribunais. “Representa uma importante mudança para definirmos os rumos e construirmos um padrão de prestação jurisdicional tecnológica”.
O workshop segue até o próximo sábado (3).
As fotos do workshop podem ser conferidas aqui.
(Com informações e fotografias do TJAL)