Conselheira do CNJ defende compartilhamento de inovações no Judiciário

Publicado em 02 de agosto de 2024

Conselheira do CNJ defende compartilhamento de inovações no Judiciário

Publicado em 02 de agosto de 2024

A conselheira Daniela Madeira, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), defendeu o compartilhamento de inovações no âmbito do Poder Judiciário. “Isso é importante para que a gente tenha uma visão global e melhore cada vez mais a prestação da justiça”, afirmou a conselheira, que palestrou na abertura do “Workshop Tecnologia e Inovação: Perspectivas para a Justiça Brasileira”, promovido pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), realizado em parceria com o Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre), na noite desta quinta-feira (1º).

Daniela reforçou a importância de os tribunais terem uma mudança de cultura. “Hoje cada tribunal desenvolve o seu projeto, a sua tecnologia, e precisamos mudar a chave do compartilhamento. Devemos pensar que os tribunais estão juntos dentro de uma corrida que, ao final, beneficiará todos os jurisdicionados”.

A conselheira afirmou que o CNJ está elaborando um plano nacional que analisará o nível de maturidade de inovação nos tribunais. Ela destacou ainda a contribuição do Renovajud, plataforma que congrega projetos no âmbito da inovação.

Atualmente, a ferramenta tem 94 tribunais participantes e mais de 700 inovações cadastradas. “Um dos desafios é aumentar a adesão ao uso do Renovajud. A ferramenta é importante porque possibilita que os tribunais conheçam o trabalho de outras cortes”.

PDPJ

Os juízes Alexandre Libonati e Rafael Leite, auxiliares da Presidência do CNJ, e o juiz José Faustino Macedo, do TJ de Pernambuco, também palestraram no workshop e destacaram os benefícios da Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ). A ferramenta, de iniciativa do CNJ, busca criar uma cultura de desenvolvimento colaborativo entre as cortes.

“Sem a plataforma, voltaremos a ter soluções caseiras úteis apenas ao Tribunal que as desenvolveu, gerando retrabalho e dispêndio de recursos”, explicou Libonati.

O juiz José Faustino reforçou que a lógica do PDPJ é a lógica do jogo colaborativo. “A cada momento vai chegar um tribunal e encaixar uma peça, que poderá ser utilizada por todos. O importante é mudar a cultura dos Tribunais na perspectiva de que precisamos, efetivamente, empregar a colaboração”.

Para o magistrado Rafael Leite, a PDPJ é o futuro do Judiciário e traz mais poder e autonomia aos tribunais. “Representa uma importante mudança para definirmos os rumos e construirmos um padrão de prestação jurisdicional tecnológica”.

O workshop segue até o próximo sábado (3).

As fotos do workshop podem ser conferidas aqui.

(Com informações e fotografias do TJAL)

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